Eu que exauri o sentido da lógica, lapidei formas intransitivas,
agora vejo-me confinada em silêncio consentido.
Mas neste momento quero falar, falar como se fosse a primeira vez,
ousar com a boca o que vem do coração, sem as censuras de mim mesma
atropelando emoções, lógica, pensamento.
Libertar meu espírito, ser poeta sem fronteiras, dar em palavras
o peso da vida, o som da morte adiada, as cores do renascer.
Recomeçar como se fosse manhã, acordar para uma nova vida,
esquecer quem fui ontem e ser intensamente.
Quero me entregar ao mundo dizendo simplesmente:
Esta mulher sou eu, minha face afiada.
sábado, 14 de novembro de 2009
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