Já não escrevo poemas
falo de improviso
loucuras do coração
e se mergulho no verde de tuas águas
não mais vejo teus olhos
lembro teus beijos um dia
roubados numa noite qualquer.
Recordo as Estações de Vivaldi
quebrando o silêncio do quarto
e nos partindo em dois.
Ao longe tua voz pausada e doce
envenenando meus ouvidos
pela culpa do prazer sentido
e não mais repetido.
E lembro o tempo que passou
sobre o tempo que nos machucou.
Hoje, tantas perdas e derrapagens
tantas mortes depois...
não sou palavras nem metáforas
sou emoção.
E quando mergulho em teus olhos
não mais contemplo a superfície
vejo tua alma despida
desamparada criança
homem perdido
Então, fecho meus olhos
desvendar-te seria possuir
teus mistérios
mais uma vez
sem permissão.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que maravilha ler Sansdra Quintella é um carinho na alma!!!
ResponderExcluirTânia Lopes Muri
Sandra,que lindos os poemas! O segundo me emocionou muito pela beleza, profundidade e maturidade.
ResponderExcluirQuero mais!
Bjos da Eliana
Querida Tia Sandra, vc deveria ter nascido no dia 8/03 que e o dia international da mulher. Vc representa todas nos. Ate que enfin resolveu a voltar a escrever. BRAVO....
ResponderExcluirUm GRANDE BEIJO. ROSA
Muito bonito!
ResponderExcluirLindíssimo texto... belas palavras...
ResponderExcluir