esta mulher que caminha em mundos paralelos
entre indiferença e rotina
sente vontade de juntar na alma pedaços antigos
palavras
que saem da memória
tomam forma no papel

sua carne sua sede sua coragem
sua face afiada

da pele à flor

sábado, 14 de novembro de 2009

Palavras ao vento

Eu que exauri o sentido da lógica, lapidei formas intransitivas,
agora vejo-me confinada em silêncio consentido.

Mas neste momento quero falar, falar como se fosse a primeira vez,
ousar com a boca o que vem do coração, sem as censuras de mim mesma
atropelando emoções, lógica, pensamento.

Libertar meu espírito, ser poeta sem fronteiras, dar em palavras
o peso da vida, o som da morte adiada, as cores do renascer.

Recomeçar como se fosse manhã, acordar para uma nova vida,
esquecer quem fui ontem e ser intensamente.

Quero me entregar ao mundo dizendo simplesmente:
Esta mulher sou eu, minha face afiada.

3 comentários:

  1. Oi, Sandra.

    Estava na hora de quebrar o silêncio com mais uma bela poesia.

    CR

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  2. Belo poema, Sandra.
    Por essas e outras que gosto muito de vir aqui!
    Beijos.

    F.M.

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  3. Estava ausente, mas vale o comentário: da minha vida espero sempre "libertar meu espírito, ser poeta sem fronteiras, dar em palavras o peso da vida, o som da morte adiada, as cores do renascer."

    A maior poesia da vida é libertar o espírito e dar a fuga em palavras...

    Muito bom. Gostei muito.

    beijo

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